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A mostrar mensagens de outubro, 2011

Sonhos perdidos?

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O vocabulário do amor é restrito e repetitivo, porque a sua melhor expressão é o silêncio . Mas é deste silêncio que nasce todo o vocabulário do mundo Virgílio Ferreira Há um silêncio que hoje me habita, um silêncio que não produz, não cala o pensamento, não deixa sossegar o espirito. É este silêncio que me faz sentir um  Outono sem fim e  um passado sem regresso . Os bancos "esvaziados de gente", porque sim... as folhas caídas, amarelas e sem vida, porque desistiram da árvore, ou talvez porque chegou a hora da despedida... Ao escrever esta postagem, que me parece algo "descolorida", fui-me dando conta de que há momentos em que a  paz que me parecia já ter conquistado se confronta com os meus limites, numa luta sem sentido...   "O vocabulário do amor é restrito e repetitivo", mas existe e   exige confiança, uma tal confiança que aos poucos renovará  os meus "sonhos perdidos"  e me traga a  paz como uma benção. Alice

Estranho é o sono que não te devolve

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Passado um mês da tua partida, deixo-te uma flor e um poema ... Desculpa-me mãezinha, não consigo ir ao cemitério! Mas irei mais tarde... Estou sempre perto de ti mesmo aqui, mesmo não indo... Estranho é o sono que não te devolve. Como é estrangeiro o sossego De quem não espera recado. Essa sombra como é a alma De quem já só por dentro se ilumina E surpreende E por fora é Apenas peso de ser tarde. Como é Amargo não poder guardar-te Em chão mais próximo do coração. Daniel Faria Pintura: Van Gogh (Ramo de amendoeira)

Momentos

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O Amor que aproxima

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Todas as palavras que tenho escrito estes dias no meu blogue, foram custosas e são fruto de uma experiência vinda do coração... No entanto hoje deixo um pequeno extrato do email de um  amigo, cuja passagem na Covilhã foi breve... Marcou a minha vida pelo Amor que põe em tudo o que faz e vive e deixou-me  muitas saudades... Algures no Brasil, ele  me fortalece com a sua amizade.     «Posso fazer ideia do quanto estás a sentir toda essa ausência... Dividir espaços e ocupá-los com outras lembranças são o teu desafio a partir de agora... Não tenho o direito de pedir-te para não sentires dor ou "esqueceres" a partida... Mas posso sugerir-te que vivas o hoje na certeza de que o amor de que sentes falta é o amor que te aproxima com o ilimitado, com o transcendente, com o divino... Sabes e podes dizer que vives um amor supra-humano... Força e fé minha querida amiga... » Foto em casa, com o meu pai, no dia do meu aniversário

O meu Recado

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SE ME AMAS, NÃO CHORES

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Hoje o dia decorreu lentamente entre o trabalho que é necessário fazer para o recomeço da Catequese e uma nostalgia que ora se vai no absorvimento em que me encontro, ora vem juntamente com as recordações, os objectos, tudo aquilo que faz parte da nossa casa e foi sendo conseguido pouco a pouco. Dou-me conta cada vez mais de que é preciso dar tempo... necessito de momentos de silêncio, em que fecho os olhos e não quero pensar, nem falar ou sequer ouvir... Mas também preciso por vezes de falar, partilhar, revelar a minha fragilidade. Deixo esta oração que é de esperança e me foi enviada pelo amigo Jorge Silva. Se conhecesses o mistério imenso do Céu onde agora vivo, esse horizonte sem fim, esta luz que tudo reveste e penetra, não chorarias, se me amas! Estou já absorvido no encanto de Deus, na Sua infindável beleza. Permanece em mim o teu amor, uma enorme ternura que nem tu consegues imaginar. Vivo numa alegria puríssima. Nas angústias do tempo, pensa nesta casa onde

Saudade

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Esta é a primeira noite que fico só com o meu pai. Desejo viver com esperança todos estes momentos que identifico na sua diferença... porque de facto em cada dia a saudade tem novas formas de expressão, de vivência e sobretudo de deixar que dos olhos escorram gotas de água, até sentir nos lábios um forte sabor de sal... Por vezes desejo que esse "sal" possa aos poucos ir ajudando a curar esta dor. Mãe, sinto a tua falta em todos os segundos que passam... Obrigada porque no céu nos olhas sem dor, e com a ternura de quem viveu e vive para amar. Deixo um hino que só conheci e rezo depois da tua partida. Luz terna, suave, no meio da noite, Leva-me mais longe. Não tenho aqui morada permanente Leva-me mais longe. Que importa se é tão longe para mim A praia onde tenho de chegar Se sobre mim levar constantemente Poisada a clara luz do Teu olhar? Nem sempre Te pedi como hoje peço Para seres a Luz que me ilumina Mas sei que ao fim terei abrigo e acesso Na plenitude da