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A mostrar mensagens de julho, 2012

Eu e Daniel Faria...

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Diversas vezes tenho deixado aqui poemas de Daniel Faria, mas  quem é ele afinal? Questão pertinente... E é que eu também não sei bem explicar... conheci-o e fui aprendendo a amá-lo e ao lê-lo vou-o conhecendo melhor e identifico-me um pouco com ele, na sua fragilidade, no seu desejo de Deus e na poesia que tenho na alma e não sei escrever...   Aqui fica pois o que hoje foi publicado no Secretariado da Cultura. Daniel Faria: uma obra singular na poesia portuguesa contemporânea Licenciou-se em Teologia e em Estudos Portugueses e ingressou no mosteiro beneditino de Singeverga, em Roriz, onde morreu precocemente, aos 28 anos. Em vida, publicou cinco livros de poemas, incluindo, dois fortíssimos, ambos editados pela Fundação Manuel Leão: "Explicação das Árvores e de Outros Animais" e "Homens Que São como Lugares Mal Situados". Postumamente, a mesma fundação publicou "Dos Líquidos".   Nada daquilo que o poeta procura é um

Dança e beleza

"Se fores pelo centro de ti mesmo"

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" Se fores pelo centro de ti mesmo..." Deixar-te-ás encontrar, cada vez mais, pelo Senhor.  É um eco que permanece em mim e me tem acompanhado nos últimos dias. Depois de três dias de silêncio, oração e reflexão em Soutelo... Exercícios Espirituais em grupo, mas orientados de forma que cada um faça o seu caminho, para melhor se encontrar consigo próprio em Deus e com Deus.  Em cada momento de encontro recebíamos algo, que para mim, tinha sabor a um presente de amizade e bem. Imagino que vindo da parte de Deus... E embrulhado conforme as suas diferentes cores e modelos. Continham uma frase ou um poema de Daniel Faria, alguém que com a sua poesia me ajuda a percorrer caminhos. Depois o regresso ao quotidiano, onde tudo permanece igual: o trabalho, as alegrias, as dificuldades, e até algumas dores... Só que já não parto do mesmo sítio! Não sei ainda bem de que ponto estou a  re -partir, mas sei que se reflete naquilo que em mim se comunica e se relaciona... Tal
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por National Geographic Society "Só quem faz bem as pequenas coisas é capaz de fazer também as grandes, disse alguém".  Acredito nisso e acredito que é nos pequenos gestos que revelamos a nossa alma, a nossa alegria de viver e a nossa capacidade de perdoar e de amar. Hoje ao ouvir o passo a rezar e ao ver esta imagem simples e bonita, tive a certeza de que continuo a sonhar e a acreditar que vale a pena viver e oferecer a vida sem esperar ou desejar o “retorno”.  Mas quão difícil e exigente isso é e como eu sei! No entanto sinto-me um pouco como um elo de ligação e uma força para alguns continuarem, mesmo que eu própria o não sinta assim com tanta clareza. Muito raramente saio sem um sorriso que ajude a sustentar as razões da minha fé e a certeza de que sou muito amada por Deus. Amanhã começarei um breve tempo de retiro em silêncio, 3 dias de paragem, de estar, de alimentar cada vez mais e com mais verdade aquilo que vou deixando escrito por aqui. 

Ontem ouvi o barulho do mar

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Estava cansada e fui deitar-me mais cedo, senti que precisava rezar um pouco, respirar fundo e atenuar a agitação de uma sexta-feira que fora cansativa. No mp3 tenho algumas coisas gravadas, sobretudo músicas que gosto de ouvir e me ajudam a serenar e a examinar o meu dia.  E foi assim que escutei o barulho suave do mar como se estivesse próximo de mim, como se o pudesse tocar e cheirar. Deixei-me levar por esta, “quase” realidade, de um momento que se tornou cheio de recordações e afetos, cheio de amor e de presença... Adormeci feliz!

Chamo-Te

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Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio E suportar é o tempo mais comprido. Peço-Te que venhas e me dês a liberdade, Que um só de Teus olhares me purifique e acabe. Há muitas coisas que não quero ver. Peço-Te que sejas o presente. Peço-Te que inundes tudo. E que o Teu reino antes do tempo venha E se derrame sobre a Terra Em Primavera feroz precipitado. Sophia de Mello Breyner Andresen Foto Zilda, campo de tremoços no Alentejo ao regressarmos do Hospital de Montemor o Novo